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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Modelo de redação citando o IBGE

Os índices da FGV (Fundação Getúlio Vargas), etc. A apresentação de exemplos, casos ilustrativos daquilo que se quer comprovar, também se enquadra nessa estratégia argumentativa.

Do ponto de vista do poder persuasivo, esse é um argumento forte, uma vez que cria a impressão de realidade, o efeito de verdade. Como diz o ditado: contra números, não há argumentos. Isso ilustra bem a impressão de que não há como rebater números, o que confirma a força desse recurso argumentativo. Na verdade, números podem ser desmentidos por números.

Encontramos um interessante exemplo do uso desse recurso argumentativo no texto "Uma revolução silenciosa" (Folha de S.Paulo, 29 dez. 1996), do então presidente Fernando Henrique Cardoso:



Como se vê, a partir das realizações "demonstradas" por meio de provas concretas, o enunciador constrói uma imagem positiva de si, como o "salvador da pátria" que resgatou o país da situação caótica em que se encontrava (antes do Plano Real), devolvendo ao povo a esperança de transformações: "... ao fazer um apanhado de todas as ações que vinham sendo realizadas pelo governo e ao citar diversos números, porcentagens e estatísticas, o locwtor faz com que o texto apresente um caráter de irrefutabilidade e de credibilidade, além de reforçar a imagem de progresso e desenvolvimento". (TAVARES, D. M, 1999)

Produz-se, assim, a impressão de comprometimento com os rumos da nação, de seriedade no exercício da função presidencial. E importante dizer que se trata de uma estratégia: o discurso não diz a verdade (o que é a verdade?); cria efeitos de verdade, ou seja, faz o auditório crer que aquilo que parece ser verdadeiro de fato é verdadeiro.

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