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quinta-feira, 11 de maio de 2017

A técnica de escrever na internet

A velha lenda do "aprendiz de feiticeiro" foi retomada por Walt Disney no filme Fantasia, clássico do desenho animado. Em um dos segmentos, o personagem principal, representado por Mickey, é incumbido de lavar as dependências do castelo e para facilitar o serviço, resolve aplicar as mágicas aprendidas com seu mestre feiticeiro. E bem sucedido ao ordenar que uma vassoura carregue vários baldes cheios d'água, o que lhe poupa enorme esforço. Mas, em seguida, constata que apenas sabia desencadear a mágica sem contudo conseguir interrompê-la no momento adequado. Na esperança de solucionar o impasse, corta a vassoura, mas na verdade aumenta o número delas em ação, logo transformadas em um batalhão de "serviçais" incansáveis. A inundação do castelo é evitada com o retorno providencial do mestre feiticeiro, cujas palavras mágicas interrompem o louco processo desencadeado.

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Essa fábula mostra que o mundo maravilhoso da técnica tem duas faces. Se por um lado é condição de humanização, por outro pode desenvolver formas perversas de adaptação humana. É o que veremos mais adiante.

Homo sapiens, homo faber


Quando nos referimos ao homo sapiens, enfatizamos a característica humana de conhecer a realidade, de ter consciência do mundo e de si mesmo. A denominação homo faber é usada quando nos referimos à capacidade de fabricar utensílios, com os quais o homem se torna capaz de transformar a natureza.

Homo sapiens e homo faber são dois aspectos da mesma realidade humana. Pensar e agir são inseparáveis, isto é, o homem é um ser técnico porque tem consciência, e tem consciência porque é capaz de agir e transformar a realidade.

Em decorrência, a maneira como os homens agem para adequar a natureza aos seus interesses de sobrevivência influi de modo decisivo na construção das representações mentais por meio das quais explicam essa realidade. Da mesma forma, tais construções mentais tornam possíveis as alterações necessárias para adaptar as técnicas à solução dos problemas que desafiam a inteligência humana.
Por exemplo, quando Gutenberg inventa os tipos móveis no século XVI, a imprensa passa a desempenhar papel decisivo na difusão das ideias e na ampliação da consciência crítica, o que altera o conhecimento que o homem tem do mundo e de si mesmo. No século XX, o aperfeiçoamento técnico do telefone, telégrafo, fotografia, cinema, rádio, televisão, comunicação via satélite, certamente vem mudando a estrutura do pensamento, agora marcado pela cultura da imagem e do som e pela "planetarização" da consciência.

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