"" Correntes de Ideias ⇒ Redação do Enem: ↣ Como convencer em um texto no Enem

quinta-feira, 11 de maio de 2017

↣ Como convencer em um texto no Enem

Quando somos convencidos e dizemos que o outro tem razão sobre um certo tópico, estamos, na verdade, julgando o encadeamento lógico de seu raciocínio. Essa avaliação envolve quatro quesitos: inferência, coerência interna, coerência externa e suficiência. Esses quesitos podem ser expressos, respectivamente, na forma de quatro perguntas:

1.  A conclusão pode ser inferida dos dados anteriormente apresentados?
2.  Essa conclusão é coerente com o restante dos dados presentes no texto?
3.  Nosso conhecimento de mundo não entra em contradição com ela?
4.  Os dados expostos no texto são suficientes para que a conclusão pareça compreensível ou, ao contrário, fica a sensação de que faltam informações para que se assumo uma posição sobre a questão?

Na base de todas as respostas, estará o encadeamento do raciocínio exposto no texto, os vínculos lógicos que o enunciador tramou entre as ideias que apresenta.

As relações racionais entre argumentos podem ser resumidas em cinco tipos fundamentais.

Relação de causalidade na redação dissertativa


Trata-se de analisar a ligação imediata entre causa e consequência, ou seja, entre motivo anterior e seu inequívoco resultado posterior. Enfrentar um problema desde sua origem, combatendo-lhe as causas geradoras, é a maneira mais produtiva de superá-lo; por isso, essa é, provavelmente, a relação lógica mais usual e também a de maior eficácia argumentativa, já que qualquer fenómeno examinado a partir de sua gestação parece merecer maior credibilidade, favorecendo a persuasão.
Trata-se de explorar a ligação entre um evento e os objetivos pretendidos ou atingidos com ele. Em princípio, qualquer atitude cuja finalidade seja a preservação do bem coletivo deve ser encorajada, angariando a concordância do auditório universal. Atitudes orientadas para a consecução de objetivos particulares, que vão contra os interesses comunitários, desencadeiam a desaprovação, dando ensejo à discordância por parte do auditório universal.

Relação de finalidade na dissertação


Trata-se de explicitar uma conjuntura, real ou hipotética, que favoreça a preservação ou a alteração de uma situação sob exame. O exame das condições de existência de um certo fenómeno é, portanto, imprescindível, seja para possibilitar sua sobrevida, seja para acelerar seu perecimento. É certo que a existência de condições favoráveis não é razão suficiente para a manifestação de um evento, mas sua inexistência basta para que ele não ocorra, por isso a exposição das condições pode ter papel fundamental no percurso argumentativo.

Relação de comparação na dissertação


Trata-se de estabelecer paralelos entre contextos que, sob qualquer ponto de vista, possam ser assemelhados. A comparação pode ser orientada para ressaltar as semelhanças, sugerindo uma relação de analogia que daria amparo a uma conclusão similar, ou para enfatizar os contrastes, conduzindo a conclusões opostas.


Relação de ressalva na dissertação


Trata-se de uma articulação que se desenvolve em dois momentos: no primeiro, dados que poderiam conduzir a uma conclusão diferente da que o texto defende são reconhecidos como válidos (momento da concessão) para, em seguida, depois de reconsiderados à luz dos argumentos expostos pelo texto, serem considerados menos relevantes (momento da reafirmação). A ressalva tem eficácia argumentativa na medida em que as objeções que o auditório interporia são desde logo previstas e anuladas, o que revela o domínio do enunciador sobre as variáveis envolvidas no tema, manifesta o seu respeito pelos argumentos esgrimidos pelos outros debatedores e, consequentemente, solidifica a tese defendida.

Dicas de redação ótimas para o Enem


Deem uma olhada no vídeo abaixo e descubram como a redação pode te ajudar a passar numa Federal




http://queropassar.net/ir/missao-enem

Nenhum comentário:

Postar um comentário